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Carnaval Braide: Shows superfaturados e fornecedores não pagos

Site Metrópoles destacou os sobrepreços em contratações de artistas nacionais, o site A Carta Política tem denunciado o calote a fornecedores locais promovido pela Prefeitura de São Luís.

Denúncia da Associação de Auditores de Controle Interno do município, apresentada ao Ministério Público, aponta para indícios de sobrepreço em shows contratados pela prefeitura para o Carnaval 2025.  

 Os Auditores também identificaram R$ 1,06 milhão em sobrepreços nas contratações dos shows do Réveillon. Já no Carnaval, na contratação de 28 atrações, a prefeitura gastou R$ 9,5 milhões. Algumas dessas atrações receberam sem ter contratos com a Prefeitura.

Os auditores encontraram indícios de sobrepreço em 10 desses shows, que custaram R$ 3,5 milhões aos cofres públicos.

Um exemplo, no Réveillon, é o show da cantora de forró Michelle Andrade que faturou da prefeitura R$ 480 mil, mas segundo a denúncia ao MP, a média de shows da cantora contratados pelo poder público é de R$ 150 mil.

A farra dos cachês foi destaque nesta quarta-feira (09), no Metrópoles. “Em relação aos casos com indício de sobrepreço, os auditores observaram, por exemplo, que, na contratação de Alcione, a própria prefeitura já havia contratado o espetáculo para as festas de São João, em junho do ano passado, por R$ 199 mil. Para o Carnaval, o contrato saltou para R$ 300 mil, sem apresentação de justificativa para a alta de 33%.”, diz a publicação.

A denúncia dos altos cachês pagos a artistas nacionais contrasta com uma série de fornecedores locais não pagos pela Secult (Secretaria Municipal de Cultura) desde o Aniversário da Cidade, Réveillon e até o Carnaval de São Luís, conforme denúncia do site A Carta Política.

Leia também: Sobre o calote da Prefeitura de São Luís no Aniversário da Cidade, Réveillon e Carnaval

Mesmo com os gastos de artistas nacionais, valorizando outras culturas, a prefeitura promoveu uma série de calotes em fornecedores de São Luís e do Maranhão, essenciais para fazer a festa acontecer.

Entre os setores atingidos, estão a segurança, limpeza, estrutura e buffet, decoração. Nem mesmo os servidores da Prefeitura, a exemplo da Comunicação e Cultura, tiveram suas diárias pagas pelos dias trabalhados nestas festas. 

Ou seja, as festas do prefeito Eduardo Braide e do [ainda] secretário de Cultura, Maurício Itapary, não servem para fazer a roda da Economia Criativa girar. Ao que consta, ou ao que parece, tem servido para evadir recursos públicos de São Luís para empresas e artistas de outras cidades.

Sobre as denúncias apresentadas pela Associação de Auditores de Controle Interno do município, a Prefeitura de São Luís diz tratar-se de perseguição por conta de descontentamento da classe com a redução de seus salários, veja a nota completa:

Nota da prefeitura

“Os valores dos cachês foram definidos pelos próprios artistas ou representantes legais, e levam em consideração uma série de fatores, como data de contratação, localização da cidade, custos com passagens aéreas, hospedagem, alimentação da equipe, além da alta demanda de apresentações durante o período do Carnaval. Trata-se, portanto, de valores que refletem um conjunto de despesas agregadas, comuns à realidade de eventos em alta temporada como o período do Carnaval.

Ressaltamos que qualquer questionamento deve seguir os trâmites administrativos previstos em lei. Cabe ao órgão de controle interno realizar suas atribuições com responsabilidade e isenção, dentro do devido processo.

Infelizmente, toda essa situação envolvendo denúncias por parte de alguns auditores ocorre em meio a uma insatisfação da categoria, após decisão judicial que determinou a adequação dos seus salários ao teto constitucional. Tal decisão gerou desconforto e reação em parte da classe com denúncias infundadas contra a gestão.”

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